#750

Revirou o seu passado. Não encontrou as suas boas lembranças.

#749

Disse que se fizessem outro seriado policial de caso da semana pararia de ver televisão.

#748

Assassina faminta

Sempre faminta, assassinava em série. Da primeira a quinta, matou aulas para traçar a comida e acabar com a fome. Bebeu toda a água do pote e matou a sede.  Deitou-se na praça  e matou o tempo que ainda restava.

#747

Era um relacionamento deteriorado.

O marido mantinha um relacionamento virtual.

Passava o dia conversando com a assistente de pesquisa no celular.

#746

CRIANÇA DIFERENTE

Era uma criança a prova de balas. Não lhe apeteciam os doces.

#745

UMA SURPRESA

A mulher quase desmaia de susto, ao abrir a porta de casa e dar de cara com o rapaz magro e maltrapilho que estava à espreita.

Antes, porém, que ele dissesse qualquer coisa, ela, recuperada do choque, abraçou-o carinhosamente. Com lágrimas nos olhos, disse:

- Vem, filho. Vou te dar um banho.

#744

Sentiu o peso da idade. Além de velho, percebeu que estava gordo.

#743

Exigia que o chamassem de Netuno (era o único nome digno a ele) e sempre usava uma cartola colorida. Os outros detetives da delegacia zombavam dele.

Dizia que não o entendiam.

#742

Faminta e Assassina

Sempre faminta, assassinava em série. Da primeira a quinta, matou aulas para traçar a comida e acabar com a fome. Bebeu a água do irmão, matou a sede e o tempo que ainda restava.

#741

Pra salvar sua vida aplicaram-lhe uma injeção de adrenalina.

Mas na verdade, seu coração precisava de uma injeção de ânimo.

#740

PALHAÇADA

Houve um tumulto no circo. Dois palhaços brigavam como gente séria.

#739

O DITO PELO NÃO DITO

Jogou verde pra colher maduro, mas o tiro saiu pela culatra.

Sem querer entregar a rapadura, tentou a manobra que seria a salvação da lavoura. Mas a emenda foi pior que o soneto.

Acabou dando com os burros n’água.

Enquanto olhava a vaca indo para o brejo, chorava sobre o leite derramado.

#738

Andou no sentido anti-Horário. O político corrupto ganhou mais um opositor.

#737

O relógio marcava quase três da madrugada e ele ainda estava lá na frente do computador.

#736

A Desatenta

Na aula de Redação, após minuciosa explanação do tema,  pedi à aluna que jogasse fora todos aqueles papéis de bala e terminasse logo a redação sobre “Os Malefícios do Açúcar”.

E redigiu:

“Minha professora é amarga porque não gosta de ver papéis de bala sobre a minha carteira.”

#735

FUGITIVOS

Não havia perigo algum para os que moravam nas cercanias do presídio. Em episódios de fugas, os prisioneiros iam sempre para longe, bem longe de lá.

#734

ERROS E ACERTOS

- Acertei metade dos meus prognósticos, só que perdi tudo - explicava o empresário falido à sua terapeuta.

- Você poderia ser mais específico?

- Bem... Quando eu achei que tava me dando bem, eu tava me ferrando. E, quando achei que tava me ferrando, tava mesmo.

#733

Traçou uma estratégia. Mas a audiência do seu programa deu traço no IBOPE.

#732

Após matar o rei, a mulher diz em voz sem emoção: “Missão completa” e apaga.

#731

Tomou

Aí o Betão chegou no bar, aproximou-se do Marinho e disse:

 -“Só não te dou um “pau” porque vou quebrar essa tua ponte dentária móvel."

Então o Marinho tirou a prótese dentária superior e deu aquela surra no Betão.

#730

O amor fez morada no seu coração.

Mas todos os amores decidiram ser apenas inquilinos.

#729

RISO TARDIO II

Quem ri por último, ri fora de hora.

#728

SEM DONO

Um dia uma gata pulou para nosso quintal. Minha mãe deu-lhe comida, carinho e um nome: Verdade.

Meses depois, uma vizinha pediu a minha mãe:

- Me empreste sua gata para pegar um rato na minha casa.

E minha mãe respondeu:

- Não posso. Não sou dona da verdade.

#727

Agarrou-se a uma fantasia. A modelo e atriz não queria devolvê-la para a escola de samba de jeito nenhum.

#726

Uma mulher aflita vai até uma agência de detetives particulares para que investiguem a morte de seu cãozinho. Ela suspeita que isso tenha sido o estopim de uma conspiração mundial.

#725

Matar e Morrer

Queria matar o tempo e escrevia sobre a melancolia.

Deixou textos tão angustiantes, que morreu sem conhecer seu lado comerciante.

#724

O poeta viu a pedra no meio do caminho.

O engenheiro a removeu.

 Com ela, o garimpeiro fez fortuna.

O ourives a lapidou.

O amante conquistou a amada.

E a amada quedou- se ao seu brilho.

Porém, o amor não vingou.

O advogado partilhou a gema.

E o juiz sentenciou: tinha uma pedra no meio do caminho.

#723

RISO TARDIO

Riu por último. Não entendeu imediatamente a piada.

#722

FESTA NA FIRMA

- Chefe, posso por mais cerveja no seu copo?

- Vê se não enche!